América Latina inicia era 5G com 15 milhões de conexões esperadas até 2022

O aumento da produtividade do 5G no segmento empresarial potencializará a contribuição da indústria móvel para a economia regional, que em 2019 foi de 7% do PIB, equivalentes a US$ 421 bilhões.

Buenos Aires, 1º de dezembro de 2020: O 5G tornou-se realidade na América Latina com lançamentos no Brasil e no Uruguai. Adjudicações de espectro estão a caminho no Chile previstas até 2021 no Brasil e têm potencial na Colômbia e na República Dominicana. O último relatório da GSMA, “A Economia Móvel na América Latina 2020”, projeta 62 milhões de conexões 5G na região até 2025, representando uma taxa de adoção próxima a 10%. Nesse mesmo ano, o 4G representará 67% das conexões.

Os recursos 5G, incluindo velocidades mais altas e latências ultrabaixas, permitirão soluções sob medida para vários setores, possibilitando aumentos de produtividade que podem ser essenciais para ajudar a superar a recessão econômica causada pela pandemia. Essa contribuição aumentará o impacto positivo que as tecnologias e serviços móveis já têm na economia regional. Em 2019, o ecossistema móvel gerou 7% do PIB da América Latina, uma contribuição de US$ 421 bilhões em valor econômico e cerca de 1,4 milhão de empregos.

Três tendências que moldam o cenário digital

  1. 5G: a oportunidade para redes corporativas. Há uma tendência crescente para a implantação de redes privadas por empresas de setores como manufatura, mineração e serviços públicos. As operadoras estão procurando atender às necessidades dessas empresas com soluções personalizadas prontas para uso, engajando os pioneiros na Indústria 4.0.
  2. A expansão do ecossistema da Internet das Coisas (IoT). O mercado de IoT na América Latina alcançará 1,2 bilhão de conexões até 2025, impulsionado principalmente pelo segmento de negócios, particularmente soluções inteligentes para construção e manufatura. As operadoras estão implementando soluções de IoT nas indústrias automotiva, de alta tecnologia e de bioenergia, e cidades como Buenos Aires, Santiago, Medellín e São Paulo estão desenvolvendo iniciativas de cidades inteligentes com IoT.
  3. A ascensão das fintechs. A adoção de smartphones chegará a 72% em 2020 e a 80% em 2025. Essa situação, somada a outros fatores como os baixos níveis de atividade bancária da população latino-americana, levaram ao surgimento de um grande número de fintechs na região. Além de fornecer a conectividade que sustenta muitas soluções de fintechs, as operadoras móveis estão explorando oportunidades para capturar mais valor no segmento, e até mesmo se aventurando em investimentos diretos nessas empresas.

Inclusão digital e preparação do terreno para 5G

Cerca de 93% da população tem cobertura de rede de banda larga móvel, o que é um reflexo dos investimentos feitos pelas operadoras na última década. Quase 57% da população, 360 milhões de pessoas, estarão conectadas à internet móvel até o final de 2020. A desigualdade digital revela a importância de se trabalhar em políticas públicas integrais de inclusão digital, principalmente diante da crescente demanda por mais e melhor conectividade em decorrência da pandemia.

O relatório descreve uma série de recomendações de políticas, incluindo:

  1. Eliminação de estruturas legadas e simplificação regulatória.
  2. Diálogo entre Poder Executivo, Legislativo e iniciativa privada para a construção de agendas digitais nacionais coordenadas.
  3. Implementação de políticas fiscais que incentivem os investimentos e o acesso aos serviços.
  4. Planejamento de política de espectro de longo prazo, com foco na inclusão digital e inovação, ao invés de maximização de receita.

O relatório destaca a importância dos primeiros leilões de espectro 5G na região. Deve-se garantir que esse recurso esteja disponível em tempo hábil, em quantidade suficiente e a preços razoáveis ​​de forma a não inibir os investimentos. As recomendações visam disponibilizar entre 80 e 100 MHz de espectro contíguo por operadora nas principais bandas médias 5G (por exemplo, 3,5 GHz) e cerca de 1 GHz por operadora em bandas altas (por exemplo 26 GHz). As bandas mais baixas (por exemplo, 600 MHz) também são cruciais devido à sua melhor cobertura.

O relatório “A Economia Móvel na América Latina 2020” foi lançado hoje na abertura do GSMA Thrive Latin America, evento virtual realizado de 1 a 3 de dezembro, que reúne legisladores, líderes digitais e inovadores da América Latina para explorar oportunidades de tecnologias emergentes e discutir os desafios para construir uma região verdadeiramente conectada. Os tópicos a serem discutidos incluem IoT, segurança cibernética e liderança em conectividade, entre outros.

A inscrição é gratuita e o conteúdo estará disponível sob demanda para os participantes no final do evento.

O relatório “A Economia Móvel na América Latina 2020” está disponível para download em espanhol aqui e em inglês aqui.

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Sobre a GSMA

A GSMA representa os interesses das operadoras móveis em todo o mundo, reunindo mais de 750 operadoras e quase 400 empresas no ecossistema mais amplo de telefonia móvel, incluindo fabricantes de telefones móveis e dispositivos portáteis, empresas de software , Empresas de Internet e fornecedores de equipamentos, bem como organizações em setores industriais adjacentes. A GSMA também produz os eventos MWC líderes da indústria, realizados anualmente em Barcelona, África, Los Angeles e Xangai, bem como as conferências regionais Thrive Series. A GSMA continua a trabalhar em conjunto com parceiros que compartilham seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico. Clique aqui para saber mais.

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