Até março de 2023, oito países da América Latina tinham lançado serviços 5G comerciais. A previsão é que o número de ligações 5G cresça de forma contínua, ao longo dos próximos dois anos, e que esse crescimento se acelere na segunda metade da década, à medida que novos mercados 5G entrem em operação e que as redes existentes ampliem sua cobertura para novas áreas. A adoção do 5G superará o 2G até 2024, 3G em 2026 e 4G em 2029. Até 2030 o 5G será responsável por aproximadamente 60% do total de conexões na América Latina.
A velocidade de adoção reflete o alto grau de interesse dos consumidores no 5G. De acordo com uma pesquisa da GSMA Intelligence, quase dois terços dos consumidores na América Latina pretendem migrar para o 5G. Cerca de 30% das pessoas ouvidas na região não têm certeza se irão efetuar essa atualização, enquanto apenas 7% afirmam que não pretendem migrar para o 5G (o valor mais baixo entre todas as regiões do mundo).
Também há um sentimento positivo em relação ao 5G entre as empresas latino-americanas. A pesquisa da GSMA Intelligence mostra que, na região, empresas de todos os setores consideram novas tecnologias – como 5G, redes privadas, IoT massivo, edge e fatiamento – determinantes para avançar em suas transformações digitais. Além disso, o nível de interesse por essas tecnologias está alinhado com o avanço do 5G em mercados como o dos Estados Unidos.
Desbloquear o potencial do 5G requer medidas políticas para apoiar o investimento na rede e melhorar a acessibilidade dos serviços digitais para os consumidores. Em última análise, a velocidade de implantação, bem como a adoção, o alcance e a qualidade dos serviços 5G, vai depender fortemente da existência de um ambiente político adequado.