Decisões balanceadas para a faixa de 6 GHz ganham força como tendência regional e mundial

Seguindo uma decisão do regulador de telecomunicações IFT, o México está se juntando a um número crescente de países que mantêm uma gama de opções disponíveis para a faixa de 6 GHz – uma decisão importante para o futuro do 5G.

O IFT limitou o uso não licenciado da faixa de 6 GHz à porção de 5925-6425 MHz. Os 700 MHz superiores (6425 a 7125 MHz) permanecem inalterados. Uma decisão futura dependerá da evolução das tecnologias, bem como das necessidades de espectro, disponibilidade de serviços e comportamento do mercado mexicano.

Governos em todo o mundo estão tomando decisões ponderadas sobre o uso mais eficiente do espectro em 6 GHz. Esta faixa representa o último bloco contíguo de espectro restante em faixas médias e que pode ser atribuído a serviços móveis licenciados em um futuro próximo. Para os países que desejam maximizar os benefícios socioeconômicos proporcionados pela faixa de 6 GHz e investir no futuro da mobilidade, a implantação do 5G na parte superior da faixa é crucial.

O futuro da faixa de 6 GHz é um dos pontos em discussão na CMR-23. Embora a agenda da conferência discuta toda a faixa de 6425-7125 MHz apenas na Região 1 da UIT (Europa, África e no Oriente Médio), há suporte para o uso desse espectro para serviços móveis licenciados em todo o mundo.

O México é o último país fora da Região 1 a decidir por uma harmonização mais ampla da faixa de 6 GHz. No final do ano passado, o Ministério dos Transportes e Telecomunicações do Chile decidiu seguir a mesma abordagem, revertendo uma decisão anterior de disponibilizar toda a faixa para Wi-Fi.

Discussões na Asia-Pacific Telecommunity (APT) também mostraram o crescente interesse no desenvolvimento da faixa para o futuro do 5G. Enquanto isso, na Região 1, já existe suporte preliminar na África e nos países da Comunidade de Estados Independentes (CIS) para 5G na porção superior de 6 GHz, bem como em vários dos principais mercados europeus. Um relatório recente sobre o futuro da faixa 6 GHz no Brasil analisa em detalhe o tema e os benefícios de uma decisão equilibrada.

Se a identificação para IMT for alcançada na CMR-23, as perspectivas para o ecossistema IMT em 6 GHz são robustas, de acordo com um relatório da GSMA Intelligence. O relatório constatou que não há barreiras técnicas para desenvolver e comercializar soluções IMT em 6 GHz.

O desenvolvimento do mercado também está progredindo. Testes de 6 GHz realizados nos Emirados Árabes Unidos, na Itália e na Alemanha mostraram que dispositivos e soluções de infraestrutura podem operar na faixa com comportamento semelhante à faixa de 3,5 GHz. Além disso, fornecedores imprescindíveis de componentes de dispositivos e ecossistemas de infraestrutura de rede estão prontos para desenvolver produtos IMT em 6 GHz de acordo com a crescente demanda. Desde o início do desenvolvimento, os fornecedores de ecossistema móveis esperam poder entregar soluções entre 6 e 12 meses após uma decisão positiva na CMR-23. Com isso, uma nova era para a conectividade 5G começa.

As faixas médias oferecerão o maior valor econômico entre as três porções de espectro necessárias para o 5G – baixas, médias e altas, impulsionando um aumento de mais de US$ 610 bilhões no PIB global em 2030 e representando quase 65% do valor socioeconômico gerado pelo 5G. No entanto, se o espectro for limitado aos níveis atuais, 40% desse impacto podem ser perdidos: US$ 360 bilhões somente em 2030.

Para salvaguardar o crescimento e a inovação futuros, os serviços móveis requerem 2 GHz de espectro em faixas médias para atender à demanda até 2030. A faixa 6 GHz é essencial para alcançar esse objetivo.

Saiba mais sobre espectro para 5G consultando o nosso relatório detalhado.