Novo estudo da GSMA indica que a indústria móvel é responsável por 5 por cento do PIB da América Latina

Expansão do 4G e aumento da adoção de smartphones contribuem para o crescimento da economia móvel da América Latina

Bogotá, Colômbia, 31 de outubro de 2017: O ecossistema móvel da América Latina foi responsável pela geração de 5 por cento do PIB da região no ano passado, de acordo com um novo estudo da GSMA. A edição 2017 da série Economia Móvel da GSMA para América Latina e Caribe, divulgada hoje no evento GSMA Mobile 360 ​​Series – América Latina, em Bogotá, calcula que as tecnologias e serviços móveis contribuíram com US$ 260 bilhões para a economia da região em 2016 (5 por cento do PIB1). O relatório observa que a contribuição da mobilidade para as economias regionais tem sido impulsionada pelo rápido crescimento do 4G e da adoção de smartphones.

“O ecossistema móvel da América Latina é um dos setores que mais contribui para o crescimento econômico e o desenvolvimento social dessa região diversificada, criando uma plataforma de inovação, investimento e empreendedorismo”, disse Michael O’Hara, Chief Marketing Officer da GSMA. “As operadoras locais devem investir quase US$ 70 bilhões em suas redes, até o final da década, para expandir a cobertura 4G na região, o que permitirá um uso maior de dados móveis na medida em que os consumidores migrem para as redes de próxima geração.”

Redes 4G atingem massa crítica

No final de 2016, havia 451 milhões de assinantes móveis únicos2 em toda a América Latina, concentrados em mercados como Brasil (33 por cento do total), México (20 por cento), Argentina (9 por cento) e Colômbia (7 por cento). Cerca de 60 milhões de novos assinantes devem ser adicionados até o final da década, quando mais de três quartos da população da região serão assinantes móveis – mais do que os 70% em 2016.

Os assinantes da região estão migrando rapidamente para dispositivos e redes inteligentes. Os smartphones representaram 59 por cento das conexões na América Latina3 no primeiro semestre de 2017 e está previsto um aumento para 71 por cento do total, em 2020. Entretanto, após um início lento, as redes 4G já atingiram a massa crítica na região, oferecendo cobertura para 70 por cento da população. Em junho de 2017, as operadoras móveis da América Latina lançaram 108 redes 4G, em 45 mercados. O 4G está a caminho de representar 42 por cento das conexões até 2020, aproximando-se da média global. As primeiras redes 5G comerciais da região devem ser ativadas em 2020, sendo que está previsto o fornecimento de cobertura para 50 por cento da população até 2025.

Construindo uma Plataforma para Inovação e Crescimento
O ecossistema móvel da América Latina deverá contribuir de forma crescente para a economia da região ao longo dos próximos anos. A previsão é de uma contribuição para a economia de US$ 320 bilhões em 2020, equivalente a 5,6 por cento do PIB – ante 5 por cento em 2016. O setor também foi responsável por 1,7 milhão de empregos no ano passado, diretos e indiretos, e contribui de forma expressiva para o financiamento do setor público, com quase US$ 34 bilhões arrecadados em 2016 sob a forma de tributação geral, incluindo IVA, impostos corporativos e impostos sobre o emprego.

Como resultado da crescente adoção dos smartphones e do uso de 4G, o ecossistema móvel na América Latina oferece uma plataforma ampla e escalável para empreendedores e inovadores. Os fundos de venture capital e de private equity têm sido especialmente atuantes em 2017, com mais transações no primeiro semestre do ano do que no total de 2016, que foi um ano recorde.

Com quase 350 milhões de assinantes de internet móvel, o mercado latinoamericano é maior do que o dos EUA e abriga alguns dos usuários mais avançados e engajados do mundo nessa área. No entanto, cerca de 300 milhões de pessoas continuam digitalmente excluídas, sem acesso aos benefícios socioeconômicos propiciados pela internet móvel. Esses cidadãos estão, predominantemente, em áreas rurais e remotas, caracterizadas por rendas menores e que exigem políticas de governo especiais, capazes de estimular uma abordagem colaborativa entre os setores público e privado, de modo a promover sua efetiva inclusão.

“Apesar dos progressos alcançados até o momento, muitas pessoas em toda a América Latina e o Caribe ainda estão excluídas digitalmente, e o ecossistema móvel deve tratar uma série de desafios para conectar essas pessoas”, acrescentou O’Hara. “As operadoras móveis estão desempenhando um papel fundamental para alcançar esses cidadãos, bem como em derrubar as barreiras para a adoção de internet móvel, como os desafios de acesso e a falta de habilidades digitais.”

O novo relatório ‘A Economia Móvel: América Latina 2017’ é de autoria da GSMA Intelligence, o braço de pesquisa da GSMA. Para acessar o relatório completo e informações infográficas relacionadas, visite: www.gsma.com/mobileeconomy/latam.