GSMA: 5G já é realidade, mas 4G ainda domina

Diante da expansão do 5G, economia móvel global deve atingir US$ 4,9 trilhões até 2025

Londres: O 5G ganhou força significativa no ano passado e agora está presente em 24 mercados em todo o mundo, impulsionado por um número cada vez maior de dispositivos 5G e pela crescente conscientização entre os consumidores. De acordo com a edição global de 2020 da série de relatórios “Mobile Economy” (Economia Móvel) da GSMA, 46 operadoras em 24 mercados lançaram redes comerciais 5G até 30 de janeiro de 2020. Espera-se que uma em cada cinco conexões móveis opere em redes 5G até 2025[1].

“O investimento global das operadoras móveis previsto para os próximos anos deve superar um trilhão de dólares nos próximos anos, focado na implantação de redes avançadas para atender consumidores e empresas”, disse Mats Granryd, diretor geral da GSMA. “Nos últimos 12 meses, vimos o 5G se tornar realidade. Milhões de consumidores já estão migrando para a quinta geração, e empresas estão começando a adotar as possibilidades técnicas habilitadas pelo 5G, como fatiamento de rede, computação de borda e serviços de baixa latência”.

O novo relatório revela que:

O 5G chegou, mas o 4G segue reinando: o 4G foi a tecnologia móvel dominante no mundo no ano passado, representando mais da metade (52 por cento) das conexões globais. Apesar da expansão do 5G, o 4G continuará a crescer nos próximos anos, alcançando 56 por cento das conexões até 2025.

O setor está investindo fortemente em 5G: espera-se que as operadoras móveis gastem US$ 1,1 trilhão em CAPEX globalmente entre 2020 e 2025; aproximadamente 80 por cento serão em redes 5G.

O smartphone está se tornando onipresente: segundo as previsões, os smartphones devem representar quatro de cada cinco conexões até 2025, frente aos 65 por cento em 2019.

A IoT será parte integrante da era 5G: entre 2019 e 2025, o número de conexões IoT globais  mais que dobrará para quase 25 bilhões, enquanto a receita global de IoT mais que triplicará para US $ 1,1 trilhão.

O crescimento de assinantes está desacelerando, mas o setor continua conectando pessoas: o número de assinantes[2] móveis exclusivos era de 5,2 bilhões (67 por cento da população) no final do ano passado, e estima-se que crescerá para 5,8 bilhões até 2025 (70 por cento).

Metade do planeta conectado à internet móvel: quase metade da população global (3,8 bilhões de pessoas) agora é usuária de internet móvel, com previsão de atingir 61 por cento (5 bilhões) até 2025.

5G adicionará US $ 2,2 trilhões à economia global nos próximos 14 anos

De acordo com o relatório, as tecnologias e serviços móveis geraram 4,7 por cento do PIB global no ano passado, uma contribuição que totalizou US$ 4,1 trilhões em valor econômico agregado[3]. Estima-se que essa contribuição cresça para US$ 4,9 trilhões (4,9 por cento do PIB) até 2024, à medida que os países ao redor do mundo se beneficiam cada vez mais das melhorias de produtividade e eficiência impulsionadas pelo aumento do acesso aos serviços móveis. O ecossistema móvel também foi responsável por mais de 30 milhões de empregos em 2019 (direta e indiretamente) e contribuiu substancialmente para o financiamento do setor público, com US$ 490 bilhões arrecadados por meio de tributação geral.

A previsão é de que o 5G contribua com US$ 2,2 trilhões para a economia global até 2034, com setores-chave como manufatura, serviços públicos e serviços profissionais e financeiros se beneficiando ao máximo da nova tecnologia.

O novo relatório ‘The Mobile Economy 2020’ (Economia Móvel 2020) é de autoria da GSMA Intelligence, braço de pesquisa e consultoria da GSMA.  Para acessar o relatório completo e os infográficos relacionados, visite: www.gsma.com/mobileeconomy/.

 

[1] Estima-se que haverá 8,8 bilhões de conexões SIM até 2025, em comparação com 8 bilhões em 2019. O total de conexões exclui as conexões IoT celulares

[2] Um assinante móvel exclusivo representa um indivíduo que pode ser responsável por várias conexões SIM.

[3] A contribuição do PIB inclui operadoras móveis (0,7% do PIB); indústrias relacionadas (0,5%); contribuição indireta (0,5%); e melhorias de produtividade (2,9%).