GSMA: mais de 40 milhões de novos pacientes poderão ser tratados no Brasil e México em 2017 se esses países investirem em saúde móvel (mHealth)

Serviços de mHealth ampliam a qualidade e o alcance da assistência ao paciente e ajudam a superar o peso crescente dos cuidados com saúde e a falta de recursos

A GSMA anunciou hoje uma pesquisa que demonstra a transformação socioeconômica que a adoção de mHealth promoverá na América Latina. Os resultados indicam que, em 2017, somente no Brasil e México, mais de 40 milhões de pacientes poderiam ser tratados por meio da utilização de serviços mHealth. O novo relatório da GSMA, desenvolvido em colaboração com a PwC e divulgado hoje na HOSPITALAR 2013, em São Paulo, identificou como os benefícios de mHealth serão sentidos nos dois países em 2017:

Capacitar os pacientes pobres e crônicos

  • Levar os cuidados de saúde para mais 28,4 milhões de pacientes no Brasil e 15,5 milhões de pacientes no México, em 2017
  • Equipar cerca de 16 milhões de cidadãos para melhorar seu estilo de vida e reduzir o impacto das doenças crônicas, prolongando a vida

Sustentar sistemas de saúde universais

  • Melhorar a qualidade da assistência e a eficiência da prestação do serviço, reduzindo os custos em US$ 17,9 bilhões em custos (US$ 14,1 bilhões no Brasil e US$ 3,8 bilhões no México)
  • Criar 200.000 empregos para sustentar as implantações de mHealth nos dois países

Melhorar a qualidade de vida

  • Salvar quase 16.000 vidas e adicionar 23.000 anos de vida, bem como economizar 14,6 milhões de dias de trabalho dos médicos, por meio da melhoria da prevenção, diagnóstico e tratamento
  • Certificar-se de que os cidadãos constituam uma força de trabalho saudável, acrescentando US$ 12,9 bilhões ao PIB do México e do Brasil

“A mHealth pode ajudar países como Brasil e México a enfrentar o desafio de prestar cuidados de saúde universais para uma grande e dispersa população”, disse Jeanine Vos, diretora-executiva de mHealth da GSMA. “As pressões sobre os recursos de saúde e o crescente peso das doenças crônicas tornam crucial a implantação de soluções inovadoras e de baixo custo. A mHealth aumentará o alcance, a eficiência dos gastos e a eficácia da assistência para prestar serviços de saúde de melhor qualidade a mais pessoas. Portanto, é fundamental que os governos e os reguladores trabalhem com os profissionais de saúde e as operadoras de telefonia móvel para impulsionar a adoção de mHealth.”

Remoção de barreiras para a adoção de mHealth

Os benefícios da mHealth não serão alcançados sem uma ação decisiva dos órgãos reguladores e governos. Se não forem tomadas medidas, em 2017, apenas 10 por cento dos pacientes que poderiam se beneficiar com essa adoção no Brasil e México, irão fazê-lo. O impacto disto seria:

  • A economia com os cuidados de saúde no Brasil e no México poderia se limitar a apenas US$ 1,5 bilhão e US$ 0,4 bilhão, respectivamente
  • Brasil e México estariam restritos ao tratamento de 3 milhões e 1,7 milhão de pacientes a mais, respectivamente, e não ao potencial total de 43,9 milhões
  • Os ganhos no PIB poderiam se limitar a US$ 0,5 bilhão no Brasil e US$ 0,9 bilhão no México, em comparação com os US$ 12,9 bilhões previstos se a adoção atingir o seu potencial em 2017

Há quatro grupos principais de barreiras que limitam a adoção da mHealth em toda a América Latina. São elas:

Regulatórias

  • As abordagens políticas e regulatórias ainda não estão desenvolvidas para apoiar as soluções de mHealth, alcançando pacientes e profissionais de saúde de forma rápida e eficaz. A ausência de marcos regulatórios claros que orientem o desenvolvimento e a implantação destes serviços está retardando a adoção

Econômicas

  • Os sistemas de saúde atuais incentivam os tratamentos individuais e as prescrições médicas, em vez de focar no cuidado preventivo e contínuo
  • É importante a construção de evidência clínica que demonstre o impacto positivo que a mHealth pode oferecer, a fim de se obter a adesão da comunidade clínica e de fontes pagadoras, como governos e seguradoras

Estruturais

  • A fragmentação dos sistemas de saúde no Brasil e no México restringe o compartilhamento de informações e alinhamento dos processos, impedindo a expansão efetiva da mHealth

Tecnológicas

  • A falta de interoperabilidade e padronização das soluções de mHealth pode localizar a implementação, o que limita a escalabilidade da mHealth

A GSMA está convocando os reguladores para criar um ambiente que incentive e encoraje o uso de mHealth. Isso vai exigir que os reguladores trabalhem com os governos e profissionais de saúde para garantir maior coesão; defender o compartilhamento de comprovações e estudos de caso; recompensar os ganhos de mHealth para agilizar a sua implementação; e educar e apoiar os cidadãos na adoção de serviços mHealth para o bem-estar e tratamento.

Para mais informações sobre o programa mHealth da GSMA e ver o relatório, acesse: www.gsma.com/connectedliving/mhealth.

Recursos

Descargar resumen ejecutivo “Socio-economic Impact of mHealth: Brazil and Mexico” – Inglés (PDF)