Durante a nova edição do MWC Los Angeles, foi realizado o Latin America Intelligent Connectivity Summit. A sessão reuniu analistas e representantes do setor público e privado para explorar o impacto regional das grandes tendências globais que marcam a agenda do evento: 5G, Internet das Coisas (IoT) e convergência entre mídia e serviços móveis, entre outros.
A cúpula contou com uma grande representação do Brasil, o maior mercado móvel da região, e que acaba de reformar sua estrutura regulatória de telecomunicações com a aguardada aprovação do PLC 79/2016. O país também está se preparando para um leilão de espectro para 5G.
“Esperamos que o 5G não apenas forneça mais serviços e funcionalidades aos seus usuários, mas também que estimule a economia, gerando empregos e renda”, disse Emmanuel Campelo, conselheiro da ANATEL. Por seu lado, Vitor Elisio Góes de Oliveira Menezes, secretário de Telecomunicações do Brasil, destacou outra iniciativa em andamento: “Com o Plano Nacional de IoT e as Câmaras 4.0, o país coloca-se na vanguarda das políticas públicas para a transformação digital na América Latina”.
Segundo dados da GSMA Intelligence, espera-se que as conexões IoT na região alcancem 5% do total de conexões globais de IoT até 2025, chegando a 1,3 bilhão. Sobre esse assunto, Renato Pasquini, diretor de pesquisa em TIC para a América Latina e country manager da Frost & Sullivan no país, compartilhou os resultados preliminares de um white paper a ser publicado em breve, sobre o estado do ecossistema IoT na região.
A cúpula contou com a presença de Wilson Cardoso, chefe de Soluções para a América Latina da Nokia, que compartilhou sua visão de como a convergência entre conectividade móvel e mídia mudou a economia do setor de telecomunicações na América Latina.
A sessão também incluiu um painel sobre Internet para Todos l (IpT), um projeto colaborativo para conectar aqueles não conectados na América Latina, promovido pela Telefónica e pelo Facebook, agora disponível no Peru. Oscar Izaguirre Placencia, CFO, Internet para Todos, enfatizou a importância dessas iniciativas para acabar com a exclusão digital. “O IpT foi possível porque o país tinha um ambiente regulatório adequado para promover projetos de conectividade por meio de modelos de negócios inovadores”, disse Lester García, chefe de Políticas Públicas de Conectividade e Acesso para a América Latina, Facebook. Ele acrescentou: “Para replicar esse tipo de projeto na região, você deve primeiro reproduzir certos princípios de conectividade nos países”.