Relatório da GSMA aponta contribuições das operadoras Latino-Americanas para a redução do lixo eletrônico

Operadoras em toda a região realizam um conjunto de projetos de tratamento dos resíduos eletrônicos

A GSMA divulgou hoje o relatório “eWaste in Latin America” (Lixo Eletrônico na América Latina, em português), uma avaliação das iniciativas das operadoras móveis no continente, incluindo Antel (Uruguai), Cable & Wireless (Panamá), Claro (Peru), Entel (Chile) , Nextel (México), Oi (Brasil), Telcel (México), Telecom Personal (Argentina) , Telefónica Movistar (Equador e Panamá), Telefônica Vivo (Brasil), Tigo (El Salvador ) e TIM (Brasil). Com percepções colhidas de projetos realizados entre 2009 e 2013, o relatório destaca o papel fundamental que as operadoras móveis estão desempenhando para melhorar a gestão do lixo eletrônico por meio de uma série de projetos voluntários em toda a região .

eWaste_Tapa5“Ao longo das últimas duas décadas, a proliferação da tecnologia e a adoção generalizada de dispositivos eletrônicos, como computadores, televisores, rádios , telefones celulares, tablets e roteadores, levou a uma quantidade sem precedentes de lixo eletrônico, que, até 2015, deve atingir um total de 57,5 kt globalmente”, disse Sebastian Cabello, diretor da GSMA para América Latina. “A GSMA está orgulhosa de ver que as operadoras móveis já estão trabalhando para resolver este problema na América Latina, uma região que produzirá cerca de 9% do lixo eletrônico do mundo até 2015”, afirmou Cabello.

Na América Latina, o lixo eletrônico, também conhecido como Resíduos de Aparelhos Elétricos e Eletrônicos (RAEE), vai crescer 17,5 % nos próximos anos, de 4,22 kilotons (kt) em 2012 para 4,96 kt em 2015, de acordo com a Universidade das Nações Unidas (UNU). Considerando esse problema crescente, as operadoras móveis na região estão desenvolvendo programas, campanhas e projetos para tratar o lixo eletrônico, como celulares, baterias e acessórios, de acordo com as legislações ambientais locais e internacionais. Como parte de seus programas ambientais, de sustentabilidade e de responsabilidade social corporativa, as operadoras associadas à GSMA em toda a América Latina estabeleceram projetos de logística reversa para coletar, armazenar, classificar e descartar o lixo eletrônico. Ao mesmo tempo, as operadoras regionais estão investindo em usinas e programas de reciclagem , esforços de reflorestamento e campanhas de conscientização, entre outras atividades.

ewastelataminfoPor exemplo, em 2013, a Telefónica Movistar Equador processou 112.321 telefones celulares obsoletos de seus usuários. No Brasil, a operadora móvel Oi está investindo R$ 10 milhões em cinco usinas de reciclagem pertencentes ao programa Descarte Certo, e, em 2012, o Descarte Certo coletou 43.782 dispositivos móveis, baterias e carregadores de clientes da Oi. Além disso, as operadoras Oi, Telefônica, TIM e Vivo coletaram 90,6 toneladas de RAEE no Brasil durante 2012. No Peru, a Claro instalou 203 pontos de coleta em todo o país e reuniu mais de 58 mil itens entre 2010 e 2013.

“A maioria dos projetos detalhados no relatório foi implantada por meio de iniciativas individuais das operadoras, em grande parte, porque os países da América Latina carecem de marcos regulatórios específicos para tratamento do lixo eletrônico”, explicou Cabello. “Só nos últimos anos alguns países têm começado a criar e aplicar legislação adequada, como são os casos do Equador e Brasil. É fundamental que as operadoras da região continuem seus esforços voluntários em torno de lixo eletrônico, mas que também trabalhem em estreita colaboração com os reguladores para desenvolver modelos transparentes e coordenados que levem em conta a responsabilidade dos diversos atores do setor. E, claro, temos de continuar a conscientizar o público para os riscos apresentados pelo eWaste e o impacto sobre o meio ambiente global”, finalizou..

O relatório completo e infográficos estão disponíveis em www.gsma.com/latinamerica/ewaste-latin-america-2014.