Rumo a uma economia digital próspera na América Latina: como promover o intercâmbio comercial e a inclusão

“Regras claras e uma infraestrutura e redes do século XXI são cruciais para o desenvolvimento do país”, afirma Andrés Ibarra, Ministro da Modernização da Argentina, ao abrir o encontro “Economia Digital: políticas públicas para o desenvolvimento e a inclusão na América Latina”, organizado em Buenos Aires em conjunto com a GSMA e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas. Paralelamente à XI Conferência Ministerial da OMC, o fórum reuniu os principais executivos de empresas do ecossistema digital, como AT&T, Google, Mercado Livre e Telefônica, com representantes de organizações internacionais e governamentais do setor a fim de discutir as principais oportunidades e desafios para a transição atual para as economias digitais, incluindo políticas relacionadas ao comércio, concorrência e serviços digitais.

“A regulamentação e as políticas públicas desempenham um papel fundamental para impulsionar a economia digital ao aumentar investimentos, promover a inovação e facilitar o comércio. À medida que a economia digital se expande e prospera, nosso desafio será gerar um marco regulatório que considere a mudança da dinâmica do mercado e os avanços tecnológicos”, afirmou Sebastián Cabello, diretor regional da GSMA para a América Latina na abertura do fórum.

Por sua vez, Daniel Pataki, vice-presidente de Políticas Públicas e Regulamentação da GSMA destacou: “Os smartphones estão no cerne da revolução digital. A tecnologia móvel fornece conectividade onipresente para pessoas e empresas e cria oportunidades para que os governos melhorem os serviços públicos e reduzam custos. A próxima onda de digitalização das indústrias será ainda mais apoiada nos smartphones, utilizando tecnologias M2M, com análise de dados melhorada e sensores onipresentes que permitirão a modernização da economia.”

Políticas para um futuro digital em debate

O primeiro painel de debate do Fórum tratou das oportunidades e desafios para um Mercado Regional Digital na América Latina e contou com a participação de Jacobo Cohen Imach, vice-presidente de Relações Jurídicas e Governamentais da empresa Mercado Livre; Edwin Fernando Rojas, da Divisão de Desenvolvimento Produtivo e Empresarial da CEPAL; José Juan Haro, diretor de Políticas Públicas e Empresas de Atacado na América Latina da Telefônica; Fernanda Viecens, membro da Comissão Nacional de Defesa da Concorrência da Argentina; e Pelayo Covarrubias, presidente da Fundação País Digital do Chile. “Precisamos começar a tomar decisões nos diferentes países, que nos levem a um mercado digital regional. O futuro de nossas economias será digital ou não existirá, razão pela qual devemos ser capazes de transformar nossas indústrias em digitais através de políticas habilitadoras”, declarou Haro.

Em seguida, Adriana Labardini, comissária da IFT do México, e Héctor Huici, secretário de TIC da Argentina, discutiram as novas agendas regulatórias diante do desafio da convergência no México e na Argentina. “Quando falamos de TIC para o desenvolvimento sustentável, precisamos de políticas públicas holísticas, inteligentes e abrangentes que boicotem umas às outras”, afirma Labardini. Por sua vez, o Secretário de TIC argentino comentou que o país em 2018 avançará rumo à convergência plena e que são necessárias “regras que asseguram mercados competitivos”.

O painel de encerramento, moderado por Sebastián Cabello, lidou com política comercial, concorrência e políticas digitais como questões fundamentais na era da convergência. Andrew Wilson, chefe de Gabinete da Câmara de Comércio Internacional (ICC), Sonia Agnese, analista sênior para a América Latina da Ovum, e David Weller, diretor geral de Comércio Internacional da Google, destacaram a importância dos dados e da conectividade como motoristas da Comércio na 4ª Revolução Industrial.

Compromisso da indústria móvel contra a violência baseada em gênero – ODS 5

Durante o fórum, também foi apresentada uma nova iniciativa da campanha Nós Ligamos Argentina da GSMA, focada em apoiar o ODS 5 e a luta contra a violência de gênero. As operadoras móveis móveis Claro, Personal e Movistar comprometeram-se a apoiar o trabalho do Instituto Nacional das Mulheres do Ministério do Desenvolvimento Social da Argentina na luta pela eliminação da violência contra a mulher, garantindo a gratuidade da linha telefônica nacional 144 para todos os usuários móveis do país. Juan Pablo Tognetti, gerente de Assuntos Regulatórios da Claro Argentina, Pedro Lopez Matheu, diretor de Relações Governamentais, Comunicação e Mídia da Telecom Argentina, e Agustina Catone, diretora de Negócios Responsável pela Telefônica Argentina e Fundação Telefônica, assinaram este novo compromisso da campanha Nós Ligamos Argentina.

Women 20 e a tecnologia móvel para fechar a lacuna digital de gênero

Durante o anúncio e como testemunhas de honra também participaram Flavio Fuertes, ponto focal da Rede do Pacto Global na Argentina para as Nações Unidas, Susana Balbo, Chair da W20 Argentina, e Agustín Dellagiovanna, diretor nacional de Desenvolvimento de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social da Argentina. Durante o G20 – Argentina 2018, a GSMA será a será a Topic Chair do tema de inclusão digital neste grupo de afinidade do G20, como referência global da contribuição do setor privado para as ODSs e iniciativas para fechar a lacuna de gênero digital.

“As mulheres precisam da tecnologia para a sua inclusão financeira e no mercado de trabalho. A inclusão digital é uma área estratégica, que deve ser desenvolvida e transformada em uma plataforma de uso diário, as mulheres devem se familiarizar com ela e perceber que, sem o desenvolvimento digital, seu crescimento sempre será adiado”, afirma Balbo ao encerrar o evento.


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