Connected Living Latam Summit: O futuro da vida conectada

O evento GSMA Connected Living Latam discutiu os vários aspectos da conectividade no cotidiano das pessoas e apresentou pesquisa inédita sobre saúde móvel.

Com seis bilhões de conexões, a comunicação por meio de dispositivos móveis já revolucionou o mundo e transformou a maneira como as pessoas se comunicam, acessam informações, entretenimento e a internet, em geral.

Em futuro bem próximo, numa nova onda de conectividade, veremos carros, edifícios, monitores médicos, TVs, consoles de videogames e uma série de dispositivos eletrônicos e eletrodomésticos conectados, muitos deles sem fio, interagindo de forma inteligente com outros dispositivos e pessoas. Esta evolução vai ter lugar nas mais diversas atividades, como saúde, educação, área automotiva, constituindo cidades inteligentes e alterando o cotidiano das pessoas.

De acordo com a empresa de pesquisas Machina Research, a receita global gerada por dispositivos conectados crescerá de US$ 560 bilhões em 2012 para US$1,8 trilhão em 2020, dos quais US$ 1,2 trilhão representam oportunidades destinadas a operadoras móveis.

Para debater as oportunidades, desafios e modelos de negócios para o desenvolvimento da Vida Conectada na América Latina, a GSMA promoveu ontem e hoje, na sede da Vivo, em São Paulo, o Connected Living Latam Summit.

Pesquisa inédita

Durante o evento foram anunciados os resultados de uma pesquisa inédita feita junto a médicos e pacientes brasileiros, sobre as vantagens na saúde móvel ou mHealth. Segundo o estudo, a maioria dos médicos e dos pacientes brasileiros acredita que os recursos de mHealth (uso de dispositivos móveis em medicina ou saúde pública) serão benéficos para os tratamentos de saúde e monitoramento de pacientes.

A pesquisa, realizada pela Ipsos MORI, a pedido da Associação GSM, baseou-se em entrevistas que aconteceram entre os dias 1 e 18 de junho em São Paulo. A pesquisa é parte de um estudo que envolve mais três países (EUA, Índia e China), e cujos resultados estarão prontos em meados de julho. O principal objetivo dele é avaliar de que modo médicos e pacientes veem e percebem os produtos e serviços de mHealth.

Nas entrevistas, feitas com 190 cardiologistas, endocrinologistas e clínicos, e com 194 pacientes portadores de diabetes ou problemas cardiovasculares, as respostas mostraram que os benefícios da mHealth são percebidos por 98% dos médicos e por 84% dos pacientes. Os benefícios mais significativos são percebidos pelos médicos: 69% deles acreditam que os recursos de mHealth vão proporcionar-lhes melhores informações para diagnóstico e para tratamento; 68% acreditam que conseguirão, finalmente, monitoramento do paciente em tempo real; e 74% acham que a mHealth proporcionará ao paciente suporte e motivação para que ele consiga mudanças na dieta ou no estilo de vida.

Pelo lado dos pacientes, os grandes benefícios percebidos são também o monitoramento em tempo real (62%), melhor qualidade do acompanhamento (53%), redução na necessidade de consultas (54%), além de suporte e motivação para conseguir mudanças na dieta ou no estilo de vida (57%).

Na visão dos dois públicos, mHealth poderia então resolver os maiores desafios enfrentados hoje em dia pelos médicos no tratamento das doenças crônicas dos seus pacientes . Para 75% dos médicos, o maior deles é a mudança no estilo de vida do paciente e o cumprimento das suas dietas. Esse desafio é confirmado por 55% dos pacientes. Enquanto 44% dos médicos acham que seus pacientes simplesmente esquecem de tomar os remédios corretamente, só 21% deles concordam que isso seja um desafio real.

Os dois públicos (94% dos médicos e 84% dos pacientes) concordam que a adoção de mHealth será maximizada, dependendo de alguns fatores críticos, como custo acessível do serviço (70% dos médicos e 60% dos pacientes), prova de que a mHealth traz melhores resultados no tratamento (67% dos médicos), indicação do médico e possibilidade de utilizar a solução mesmo em viagens.

Recursos

Galeria de fotos de Connected Living Latam Summit

Videos: