GSMA afirma que o crescimento da banda larga móvel é fundamental para as Américas

Comissão Interamericana de Telecomunicações (CITEL) demonstra seu compromisso com o espectro móvel, antecipando-se à conferência CMR-15

John Giusti, chefe adjunto do departamento de regulamentação da GSMA, comentou o resultado da reunião final da Comissão Interamericana de Telecomunicações (CITEL) em Ottawa, na preparação para a Conferência Mundial de Radiocomunicações a ser realizada em novembro (CMR-15):

“A GSMA parabeniza a forte liderança exibida na semana passada pelos governos da América Latina, do Norte e Caribe, no apoio ao crescimento da banda larga móvel, um instrumento fundamental para criar oportunidades sociais e econômicas na região. Muitos países exigem conectividade em extensas áreas rurais, e a banda larga móvel, frequentemente, é a única maneira – ou a mais econômica – para garantir que as pessoas tenham acesso à Internet.”

“Em setembro de 2014 havia 216 milhões de pessoas utilizando dispositivos móveis de acesso à Internet na América Latina, uma taxa de penetração de cerca de 35%. Em 2020, a GSMA prevê que a penetração vai chegar perto de 50% da população, o que significa que mais 105 milhões de pessoas terão acesso à Internet móvel[1]. No entanto, será vital garantir faixa adicional para os dispositivos móveis durante a CMR-15, para permitir esse crescimento no continente americano.”

“A GSMA elogia a decisão da CITEL de apoiar toda a banda L (1427 a 1518 MHz) para a banda larga móvel. As primeiras indicações sugerem que essa banda terá apoio generalizado como uma banda mundialmente harmonizada na CMR-15, estimulando as economias de escala que irão beneficiar os consumidores ao redor do mundo.”

“Também estamos satisfeitos com o progresso feito em UHF abaixo de 700 MHz (470 a 698 MHz), fundamental para expandir a conectividade rural a preços acessíveis. Embora não haja nenhuma proposta comum da CITEL em apoio a esta banda para a conectividade móvel, um número crescente de países deseja garantir flexibilidade para implantar redes de faixa larga móvel nessa faixa. A GSMA continuará a trabalhar em conjunto com o setor público nas Américas e outras regiões para promover uma proposta global elaborada por múltiplos países para a CMR-15 em novembro. Tendo em conta os desafios comuns de expandir a conectividade rural em países ao redor do mundo, a GSMA encoraja os governos de todas as regiões a se juntarem a esta proposta de múltiplos países em suporte à faixa abaixo de 700 MHz.”

“Para atender às intensas demandas de capacidade urbana e proporcionar aos habitantes das cidades da região o acesso à banda larga móvel de alta velocidade, os governos que integram a CITEL realizaram avanços ao reconhecer a necessidade de maior capacidade de espectro na banda C, ao mesmo tempo em que reconhecem a importância desta faixa para a comunicação por satélite para os países tropicais. Sentimo-nos encorajados com a decisão da CITEL de utilizar a frequência de 3,4 a 3,6 GHz na banda C para a banda larga móvel e aguardamos com expectativa o prosseguimento das discussões sobre o aumento da disponibilidade do espectro harmonizado na faixa de frequência de 3,4 a 4,2 GHz.”

“Estima-se que o tráfego de dados móveis crescerá mais de seis vezes na América do Norte e dez vezes na América Latina entre 2014 e 2019[2]. Encorajamos todos os governos das Américas a solicitar claramente o espectro móvel necessário para suportar a demanda futura de dados e a economia digital da região.”

Notas aos editores

[1] Fonte: GSMA, The Mobile Economy Latin America 2014

[2] Fonte: Cisco VNI 2015. O tráfego de dados móveis crescerá a uma taxa composta de crescimento anual de 47 por cento na América do Norte e de 59 por cento na América Latina.