Oportunidades e desafios para a banda larga móvel no Equador

“Assim como a telefonia móvel tornou universal o acesso às telecomunicações de voz, a banda larga móvel possui o potencial de fornecer acesso global à internet”, afirma Sebastián Cabello, diretor da GSMA América Latina.

Com apoio da Escola Politécnica Nacional, o seminário contou com mais de 120 participantes, incluindo representantes do governo, grupos de operadoras móveis e acadêmicos, entre os quais se destacam Ruben León, Secretário Nacional de Telecomunicações do Equador, e Fabián Jaramillo, da Superintendência de Telecomunicações.

Ao tratar da situação da banda móvel na América Latina e no Equador, Cabello destacou a ampla gama de oportunidades para serviços, produtos e aplicações permitidos pela universalidade da banda larga móvel. “A banda larga móvel tem impacto significativo no cenário social e econômico de um país, beneficiando desde a produtividade, inovação, empregos e desenvolvimento das comunidades ao crescimento econômico em geral”, disse Cabello.

“Os governos que buscam expandir a penetração da internet e reduzir a exclusão digital estão concentrados na banda larga móvel, que fornecerá acesso universal à banda larga, com mais velocidade que as conexões DSL.”

O consenso geral do seminário foi de que ainda há uma demanda reprimida por serviços de internet no Equador,  e de que a disponibilidade de espectro teria um papel fundamental em assegurar a disponibilidade de um serviço de banda larga móvel de qualidade aceitável.

Nesse sentido, Cabello destacou a necessidade de um cronograma para a alocação de espectro, capaz de permitir o desenvolvimento da banda larga móvel na região. José Ayala, Chefe de Tecnologia da Ericsson América Central e Caribe, também abordou na conferência a necessidade de espectro. “É necessário que haja uma maior capacidade e espectro para a telefonia móvel – o tráfego gerado por um smartphone é dez vezes maior que um telefone comum e um computador móvel consome 100 vezes mais dados,” afirma Ayala.

O tráfego de dados dobra a cada ano e, desde 2006, as operadoras móveis têm presenciado um crescimento exponencial em número de assinantes e tráfego – suportado pela mesma alocação de espectro. Com apenas 100 MHz, o Equador possui o espectro mais baixo alocado a serviços móveis na América Latina. A GSMA LA recomenda a criação de um roteiro de espectro claro e previsível para licenciamentos. Isso deverá assegurar um ambiente seguro de investimentos em longo prazo, que permita o estabelecimento dos serviços de banda larga móvel.

Além dos benefícios fornecidos pela banda larga móvel, um roteiro bem estabelecido garantirá que o Equador esteja mais bem posicionado para usufruir dos benefícios dos investimentos em produção e infraestrutura, que resultarão diretamente do processo de alocação de espectro, conforme definido no relatório Estudo de Impacto Econômico e Social da GSMA LA.