Habilitando o Roaming através das redes LTE

Por Matthew Tonkin, Chefe Global, Negócios IPX, Serviços Móveis da SAP

Mais uma vez, a indústria de comunicações móveis está entrando em uma nova fase de mudança tecnológica. Com a proliferação dos serviços de dados e smartphones, a comunidade das operadoras móveis está trabalhando para atender à necessidade de aumento da largura de banda com a implementação da próxima geração de redes 4G, conhecida como redes LTE. Este desenvolvimento vai pavimentar o caminho para total convergência em IP, permitindo às operadoras de telefonia móvel acelerar o prazo de comercialização de novos serviços que conduzem a satisfação do cliente e gerem novas receitas.

Já que as operadoras lançaram os serviços de LTE em seus mercados domésticos, os consumidores vão esperar naturalmente a mesma experiência de qualidade em todos os lugares — especialmente quando eles estiverem no exterior.

Em vista desta exigência, as operadoras de telefonia móvel que implantaram as redes LTE em seus mercados domésticos estão começando a analisar opções disponíveis para assegurar que os serviços LTE permitam roaming contínuo no exterior. Os primeiros usuários de LTE serão, tipicamente, clientes VIP ou principais contas corporativas, um segmento formado por usuários mais avançados e viajantes frequentes. Para atender estas operadoras de clientes especiais será necessário atender as exigências do Roaming LTE o mais rapidamente possível.

Preparar para o roaming

A tecnologia LTE permitirá novos serviços como streaming de vídeo, voz em HD e aplicações Voice over LTE. No entanto, estes serviços também vão trazer alta demanda para o backbone do roaming de dados e exigir muito mais largura de banda e conectividade de rede resiliente. Já que as operadoras de telefonia móvel analisaram suas opções de conectividade de Roaming LTE, elas vão precisar considerar os seguintes fatores técnicos e empresariais na preparação para permitir o Roaming LTE:

1. Sinalização Diameter
A construção das redes LTE de alta velocidade é diferente das tecnologias que a precederam. A LTE exige um protocolo de sinalização completamente novo. Em outras palavras, SS7 MAP— que foi a regra para as redes móveis de 2G/3G — não é mais necessário. Um novo protocolo de sinalização foi introduzido, chamado Diameter.

2. Nova Conectividade de Roaming
Em um ambiente de roaming, a existência deste novo protocolo vai exigir que as operadoras de telefonia móvel estabeleçam novas conexões de roaming. Como as operadoras vão lançar as redes LTE nos próximos anos, uma nova conectividade de roaming será necessária para cada novo operadora. Efetivamente, o trabalho realizado ao longo dos últimos 10 anos será necessário para ser repetido.

3. Agente de Retransmissão Diameter
Para habilitar esta conectividade, as operadoras vão exigir um Agente de Retransmissão Diameter (DRA). Na construção inicial das redes LTE, a maioria das operadoras de telefonia móvel não implantou um DRA em suas redes. As operadoras estão enfrentando desafios dos requisitos empresariais imediatos para habilitar o Roaming LTE versus a necessidade de obter as aprovações do orçamento CapEx para adquirir o equipamento DRA necessário.

4. Um Provedor IPX
É amplamente aceito que o Roaming LTE com sinalização Diameter será conectado através de redes IPX. Conforme o Roaming LTE prolifera, haverá uma necessidade de provedores IPX para permitir a troca de tráfego tanto no nível de dados como no nível de sinalização. A consideração também será necessária para garantir que a Qualidade de Serviço (QoS) SLAs seja implementada.

Escolhas importantes

No novo mudo de LTE, as operadoras de telefonia móvel terão uma escolha: eles podem trabalhar com hubs de Roaming LTE, ou eles podem conectar diretamente com as operadoras de telefonia móvel.

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O conceito hubbing não é novo para a indústria. Há uma grande variedade deles — incluindo hubs iSMS, hubs iMMS, hubs de roaming e hubs de compensação — e todos desempenham um papel semelhante. Dependendo das exigências do operador, o hubbing permite-lhes atingir as operadoras com conectividade de um para muitos, reduzir esforços e testar o tempo, acelerar o prazo de comercialização de serviços e facilitar acordos de transação entre as operadoras.

No ambiente de Roaming LTE, as operadoras de telefonia móvel podem se conectar a um hub de Roaming LTE, um hub que também vai facilitar a conectividade com a maior comunidade do operador constituída por operadoras que também estejam conectadas ao mesmo hub.

Para facilitar a implantação ativa para operadoras de telefonia móvel, o hub de Roaming LTE também terá de fornecer uma capacidade DRA terceirizada para execução no próprio hub. As operadoras têm a opção de utilizar esta capacidade DRA terceirizada imediatamente para conectar-se aos parceiros de roaming.

Isto pode parecer fácil, mas, como a indústria tem experimentado através de testes com a operadora, a interoperabilidade com equipamentos de DRA de fornecedores pode ser um desafio. Enquanto as especificações são definidas para o protocolo Diameter, variações exclusivas do fornecedor são evidentes e necessitam de mapeamento para permitir perfeita interoperabilidade.

Nos estágios iniciais de implantações de Roaming LTE, é provável que as operadoras utilizem sua conexão a um hub de Roaming LTE para facilitar o Roaming LTE. Os benefícios comerciais oferecidos por esta abordagem são os seguintes:

  1. Prazo de comercialização imediato. Estes equipamentos operam para fornecer um serviço imediato para seus clientes de alto valor.
  2. Custo eficácia. Enquanto a capacidade de roaming LTE será fundamental, as implementações de rede vão demorar e o número de usuários de roaming para iniciar será baixo. As operadoras de telefonia móvel podem contabilizar suas implementações iniciais através de um Hub de Roaming LTE.
  3. Disponibilidade técnica. Muitas operadoras estão perdendo um componente tecnológico fundamental, o Agente de Retransmissão Diameter. Um hub de roaming LTE — que oferece uma capacidade DRA terceirizada — permitirá às operadoras avançar com uma solução de roaming LTE.

Conforme o mercado amadurece, as receitas LTE proliferam, e o equipamento de rede necessário é implantado, as operadoras de telefonia móvel também terão a opção de se conectar diretamente umas com as outras. Como em ambientes atuais de hub, é provável que as operadoras de telefonia móvel se conectem diretamente com as principais operadoras parceiras e destinos de roaming. Outras operadoras vão prosseguir com uma estratégia dupla para Roaming LTE. Conectar-se diretamente com os principais parceiros de roaming, e também trabalhar com hubs de roaming LTE para acessar a comunidade. Sem dúvida, haverá também alguns grupos de operadoras que operam seu próprio hub, com uma operadora principal patrocinando a capacidade hubbing e permitindo a conectividade em todo o grupo.

Incorporando os princípios do hub de roaming, um hub de Roaming LTE funcionando através da rede IPX permitirá e garantirá a rápida implementação do Roaming LTE para a comunidade da operadora. A rede IPX também vai oferecer a largura de banda e resiliência da rede exigida pelos consumidores.

 

Mateus Tonkin é Chefe Global para IPX Business da Sybase 365, uma subsidiária da Sybase, Inc., empresa que pertence à SAP. O Sr. Tonkin supervisiona os negócios de Roaming GRX/IPX/LTE globais da empresa e ajuda a conduzir pipelines e receitas com equipes locais em cada região. Além do seu papel IPX global, na Ásia, Tonkin é o responsável por gerenciar e conduzir o crescimento da empresa e liderança no mercado tanto em Serviços Empresariais como Serviços de Operadora de Telefonia Móvel em toda a região, através de uma combinação de vendas diretas e uma rede de vendas de alianças e parcerias.